Reflexões de Um Rap BA letra

Se prepara que Ă© desse jeito
Letra culminando com essa batida
A energia que vem Ă© do gueto
Cria da favela se identifica
Na ruas lá do bariri
O bicho pega nĂŁo desacredita
Ali predomina a lei da favela
SĂł quem permanece sei que nela fica
Na guerra entre mil facções
Todos se acham verdadeiros vilões
EstĂŁo acabando com os prĂłprios, irmĂŁos
São corpos caídos em putrificações
No mato esticado com mutilações
Deixando apertado coração de mães
Só fica revolta em cima de caixões
Quem sabe da luz trará soluções

Hei
SĂŁo demĂ´nios que agem de dia
Trazendo a mensagem da falsa alegria
Ou trará a resposta que você queria
Quem sabe a verdade da sua agonia
Então não duvide tem várias manias
Do perde do ganha da falsa alforria
Do amigo que finge que atira fuzila
Que te põe em cana fica com sua mina

Hei
SĂŁo vidas que vem
SĂŁo vidas que vĂŁo
EstĂŁo esvaindo
A milhões no chão
O amor sucumbiu foi a morte
Na divisa la do carro forte
Os maluco te trai por malote
Sua vida se foi com a sorte
Fazem tudo pra ser destaque
NĂŁo se engane com falsa amizade

Põe eles tudo em viagem pra Marte
Ou linha de frente no combate
Se liga malandro a ideia e forte
Mentes tĂŁo tramando pra ver sua morte
Dessa vez o azar foi quem teve sorte
Sua mão grudada na alça do malote
Seus manos saiu tudo no pinote
Deixou tu caĂ­do sĂł levou o malote
Tem mano sangrando aqui
Tem mano sangrando ali
Em todo entorno
E nas belas ruas e becos e praias de piripiri
Não sei de você mais eu já vivi
Presenciei estampido
De tiro mais nada sofre
Muitos que era nĂŁo sĂŁo
Terra acabou de engoli

Hei
Por várias vezes mente influencia
De fazer o oposto do seu dia a dia
De vida ou morte Ă© sĂł ironia
O rei na sua mente vocĂŞ Ă© o guia
SĂł vocĂŞ quem pode vocĂŞ repudia
Do certo ou errado pra quem acredita
Que na sua vida nĂŁo aconteceria
SĂł mais um no bangue na periferia

Expresso da morte
Onde passa leva
Vários que foram
Dentro da favela
Que perdeu a alma
Isso que é tragédia
Na mĂ­dia nĂŁo passa
Isso nĂŁo Ă© novela
Nos bate de frente
Nos nĂŁo amarela
Poeta do gueto
Becos, viela

Favela impera
Impera favela
até a porra toda
Só esbagaça
Gira mundo gira
Nunca vai para
NĂŁo perco tempo
Com letra vulgar
NĂŁo tamo nem rindo
Pra te impressionar
Tamo incomodando
Vamo incomodar
TĂŁo matando mano
Exterminando raça
Pega de vacilo
Escuro madrugada
SĂł morre inocente
NĂŁo entrava em nada
Nu lugar errado
E na hora errada
Vira marionete
Toma sarava da
Dum dum roli poet
E na cara uma quadrada
Malícia e miséria
Doença abstrata

Espanca esperança
No fim da em nada
Ultraja o poder
Usando uma gravata
No circo do horror
Fazem palhaçada
Quem mata impera
Parada errada
Somando cadáver
SĂł pra ter medalha
Repito na fala
Somos ameaças
Contra um sistema
Que mata e sĂł mata

SĂŁo mais de mil vidas
No fil da navalha
A luz que acende
E a mesma que apaga
Tem mĂŁo estendida
Pra te resgatar
Degrau em degrau
Te faz levantar
Juntos temos força
Pra nos rebelar
São reflexões
De um rap BA

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